Thursday, October 5, 2006

Tudo pode acontecer...

Na semana passada e no começo dessa eu estava péssima, desanimada, cansada, pensativa. E ficava pensando. Em coisas mil. Mil coisas. Coisas que vinham e iam. Coisas que o vento levava e depois trazia de novo.

E entrei essa semana pra baixo.

Tinha uma entrevista na Finni Comunicação. Saí da faculdade como uma louca, passei voando em casa para pegar meu portfólio e me arrumar para parecer mais gente (coisa que normalmente não dá muito certo, não consigo deixar meu jeitinho "Pucca" de ser... >.<''), peguei meu passo e cheguei lá em cima do laço. Gostei do lugar, gostei do pessoal, gostaram do meu trabalho, achei que fui bem na entrevista. Voltei pro trabalho e aquele peso todo que estava sentindo nas costas se transformou numa nuvem de milhares de pensamentos. Passei o dia amuada, pensando. Pensando em como às vezes nos sacrificamos por coisas que não nos dão o tão sonhado retorno. Na faculdade, na família, no amor, na vida. Não digo tanto de estagiários como nós, que ainda temos tempo para cavucar nosso lugar no mercado de uma maneira ou de outra e mesmo ainda, se for o caso, mudar de curso. Digo isso mais porque conheço pessoas que, por um emprego que dava mais dinheiro, saíram ou dispensaram outro que lhes dava muito mais prazer.

Gente, pé no chão. Dinheiro traz felicidade? Não, mas compra. Mas essa felicidade comprada não passa de um produto tão perecível quanto um palitinho de incenso. Você acende, curte o cheirinho gostoso, ele se apaga e você nem percebe. "Mas o que é felicidade?", muita gente me pergunta. Para mim, felicidade é o seu coração cantar sempre quando você realiza uma determinada ação. Quando você reza, quando você acorda, quando você come, quando você ri, quando você esperneia, quando você sente medo, quando você se alivia, quando você chora, quando você está com quem ama, quando você briga pelo que acredita, quando você se esconde, quando você faz amor, quando você sofre por amor, quando você vai trabalhar, quando você encontra os amigos, quando você sai de noitão e chega de manhãzinha na mocada, quando você acorda cedo no final de semana pra aproveitar o dia, quando você fica em casa a tarde e tira aquele cochilo, quando você sai com o seu cachorro, quando você ganha um agrado, quando você se desafia, quando você alcança um objetivo, quando você pensa num futuro bom, quando você se envergonha, quando você se encontra.

Se todas essas coisas que eu escrevi te trouxeram alguma lembrança que fizeram seu coração pular no peito, é sinal de que sabe do que estou falando. E eu prometi pra mim mesma que vou me superar e que meu coração vai ficar cansadíssimo de tanto cantar. Assim como o meu.

Depois dessa reflexão toda, relaxei um pouco mais. Me ligaram da Finni hoje e tive a grata notícia de ter conseguido a vaga. [Obrigada meu Deus, por tão boas coisas!] Fiquei como uma menina boba que não sabia o que dizer (nada fora da normalidade pouco normal da pessoa que vos fala). Agora serei uma menina boba que não sabia o que falar cheia de trabalhos de faculdade, feliz da vida de trabalho novo, com um projeto em andamento pra Anime Festival desse ano, com um namorado lindo de morrer (te amo lindo! =**) e retomando as rédeas da minha vida.

Agora dá licença que meu coração está cantando uma marchinha de carnaval que há muito eu não ouvia. "Mamãe eu quero/ mamãe eu quero..."