Wednesday, February 24, 2010

Letting go

Se nos últimos anos eu me assumi como alguém apegado, o ano de 2009 me fez forçadamente a praticar o desapego. A reconhecer as minhas inabilidades, a dar peso e medida aos meus esforços; mais que isso, fez com que eu tivesse que dar prioridade a mim em detrimento de outras pessoas um sem número de vezes.

São medidas básicas de sobrevivência. Mas podem se tornar perigosas quando a sua auto-suficiência te desprende do seu lado humano, quando parece muito mais fácil se livrar daquela pessoa do que tentar resolver um problema.

Tive que aprender a não ser tão maternal. Muitas vezes, queremos ajudar, ser legais, amigos, carinhosos, demonstrar sempre aquilo que sentimos pelo outro e mesmo assim... nada muda. Nada se resolve. Seus conselhos, argumentos, parecem não surtir efeito. Aí entra o desapego: deixar que a pessoa queira ajuda. Deixar que aquilo que você demonstra faça falta pra ela. Só então a energia positiva que você vai transmitir terá efeito.

Hoje sou uma apegada em desapego. Continuo nesse exercício constante em busca de equilíbrio.