Tuesday, March 31, 2009

Burn My Dread

Certas coisas precisam somente ser ditas.

Outras, precisam ser feitas.

Algumas precisam ser terminadas.

Joguei um pedaço de mim longe hoje. Uma parte minha que me lembrava uma promessa feita e não cumprida. Para mim, promessas não cumpridas deixam de ser promessas e se tornam um incômodo. Um espinho que teima em entrar na pele às vezes e causar desconforto.

Esse pedaço de mim, da minha história, foi para onde devem ir todas as lendas: para o fundo de uma fonte, onde estarão sujeitas ao tempo.

Que descanse junto com as pedras e com as estátuas de mármore.

E veja de onde está a minha evolução.
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{Edição em caráter extraordinário}

Ultimamente meus posts têm levado nomes de músicas ou trechos delas.

Nada mais justo que acrescentar as respectivas aqui e nos outros anteriores. A de hoje é tema do jogo SMT: Persona 3, da Atlus, lançado em 2007.


Burn My Dread
Yumi Kawamura

Dreamless dorm, ticking clock,
I walk away from the soundless room.

In this night, moonlight melts,
My ghostly shadow to the lukewarm gloom.

Nightly dance of bleeding sword
Reminds me that i still live.

I will burn my dread...
I once ran away from the god of fear
And he chained me in despair.
Burn my dread...
I will break the chain
And run till i see the sunlight again.
I lift my face and run to the sunlight.

Oh.. i'll run
Burning all regret and dread
And i will face the sun
With pride of the living

Monday, March 30, 2009

Às vezes pregamos peças em nós mesmos.

Imaginamos sentir falta de algo que sempre esteve presente em nós. Seja coragem, força, fé, integridade, honestidade, auto-controle.

Hoje senti falta de amor. De repente deu um vazio, aquele momento de silêncio no qual uma supernova explode e tudo vira nada. No centro de tudo, um espaço dentro de mim, indefinido. Nem caos, nem bonaça. Somente o silêncio.

Demorou algum tempo pra tudo sair da inércia e voltar a ebulir. Onde diabos eu estava com a cabeça em pensar "sentir falta de amor"?! Senti falta sim, mas daqueles que amo. Pela primeira vez em tempos, estar sozinha em casa não foi bom; simplesmente não fez sentido.

Embalada pelo remédio e pela febre (cortesia da amigdalite), trouxe meus amores para os meus sonhos e aí sim, tive um pouco de sossego. Matar saudades, em breve.

Por enquanto, contento-me em sorrir feito boba e em tê-los carinhosamente abraçado em meu coração.

Sunday, March 29, 2009

Enjoy the Silence

Apesar de ser falastrona de carteirinha, ultimamente tenho adotado posturas diferentes em relação a tudo na minha vida. Inclusive em relação ao silêncio.

"Gestos valem mais que mil palavras". Sim, às vezes sim. Às vezes, palavras são necessárias. Mas estou aproveitando mais as situações onde elas seriam meramente um complicador pra exercitar minha habilidade de não falar.

Tenho conseguido resultados muito favoráveis. Desarmar algumas pessoas, virar a situação a seu favor, mostrar o que quero sem muito esforço.

Estou curtindo.

Sinto dentro de mim um potencial que nunca senti. E ele cresce silenciosamente dentro de mim, como algo que não pode mais ser desvinculado da minha existência. O que me faz deliciosamente mais intrigante, interessante e sagaz.

Chega por hora. Falar demais não é bom ;)

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{EDITADO}

Música tema do post de hoje

Enjoy the Silence
Depeche Mode

Words like violence
Break the silence
Come crashing in
Into my little world
Painful to me
Pierce right through me
Can't you understand
Oh my little girl

All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very
Unnecessary
They can only do harm

Vows are spoken
To be broken
Feelings are intense
Words are trivial
Pleasures remain
So does the pain
Words are meaningless
And forgettable

All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very
Unnecessary
They can only do harm

All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very
Unnecessary
They can only do harm

All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very
Unnecessary
They can only do harm

Enjoy the silence...

Tuesday, March 24, 2009

"Nothing takes the past away like the future"

Hoje comecei a postagem no sentido inverso. Comecei pelo título.

E me aproprio da música da Madonna pra falar de coisas que vêm me inundando ultimamente.

A primeira é o sentido de mudança. "Panta rhei" nunca foi tão notável na minha vida quanto agora. Cada dia é uma auto-surpresa. Digo isso porque surpreender os outros é fácil, surpreender a si mesmo é muito difícil. E eu tenho conseguido diariamente, nem que seja por instantes, desfrutar de coisas intrigantes, excitantes, engraçadas, incomuns e criativas que eu faço. Estou amando conhecer cada novo pedacinho de mim, uma, duas... infinitas vezes.

A segunda tem muito a ver com a sorte de hoje do orkut: "Se quer ser amado, seja amável". Em tempos não me sentia tão prestativa e feliz por isso. Não somente em casa, mas principalmente com meus amigos que tanto amo. Tento, no meu multitarefismo, encontrar brechas para ver a todos, dar atenção a todos e não deixar que dividem do quão especiais são na minha vida. Não quero me arrepender do que não fiz.

A última é a realização pessoal. Não em termos de trabalho (ainda, mas também será em breve), mas em termos de mim mesma enquanto pessoa. Algumas pessoas tem luz própria, e SIM, EU TENHO A MINHA. Pra algumas pessoas ela pode ser tênue, mas para os que merecem é forte e amável como eu sou. Ver as pessoas mudando ao meu redor não é mais um simples acontecimento, é um prazer inexplicável, uma graça concedida à minha alma.

Acho que todo mundo já pensou, pelo menos uma vez, a respeito de qual seria seu papel nesse mundinho de meu Deus. E digo com convicção que a minha já descobri. Não quero ser piegas, nem convencida. Me atenho a fatos. E agradeço aqui por cada um que me deixou entrar e mudar suas vidas de alguma forma. De uma forma especial ao Rafael, pessoa muito, muito querida que não via há 10 anos, e cuja convivência tem feito muitíssimo bem (a ambos, diga-se de passagem). Agradeço especialmente também ao Vic, que foi quem trouxe o melhor de mim à tona; foi quem me mostrou que nós somos o que as pessoas enxergam em nós.

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{EDITADO}
Música tema de hoje

Nothing Really Matters
Madonna

When I was very young
Nothing really mattered to me
But making myself happy
I was the only one

Now that I am grown
Everything's changed
I'll never be the same
Because of you

CHORUS:
Nothing really matters
Love is all we need
Everything I give you
All comes back to me

Looking at my life
It's very clear to me
I lived so selfishly
I was the only one

I realized
That nobody wins
Something is ending
And something begins

CHORUS (2x)

Nothing takes the past away
Like the future
Nothing makes the darkness go
Like the light
You're shelter from the storm
Give me comfort in your arms

CHORUS (repeat to fade)

Saturday, March 14, 2009



Movimento e transformação.

Engrenagens do mesmo motor.

Precisei me mexer, então comecei a me transformar. E é impressionante o que algumas toneladas de pressão fazem ao carvão bruto... não em uma velocidade tão incrível, mas ainda assim.

E me dei conta de ter sido uma mudança tão extraordinária quando todos à minha volta começaram a mudar também. Para melhor. Só então fui perceber o quanto tem sido importante pra mim rever conceitos, repensar atitudes e me permitir novas coisas.

Uma das coisas diferentes que percebi esses dias faria até um koan. E está ilustrado a seguir.

Ontem eu e o Vieira fomos ao forró em Santa Tereza. Em uma tentativa de fidelizar o cliente, estavam distribuindo fitinhas no estilo do Senhor do Bonfim, com dizeres sobre o estabelecimento. Mais que depressa, no meio de tantas poucas luzes, logo pedi a minha: "Quero a verde", minha cor favorita.

Depois de dançar a noite toda, antes de ir embora, sentamos na Praça e ficamos conversando. Eis que não percebo que minha fita não era verde, e sim azul (parêntese: eu DETESTO azul, qualquer coisa com azul/anil me dá asco quando colocada em mim).

Meu primeiro impulso foi tirar e jogar fora. Mas pensei que uma mudançazinha nos hábitos não faria mal... até mesmo pra uma cor tão horrorosa. Mais uma revisão de conceitos bem sucedida.

Não que eu ame azul agora. Mas não me faz mal, não mesmo... não mais.


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Nota mental oportuna:

Orgulho-me de minhas cicatrizes de guerra ^^

Monday, March 2, 2009

Nota mental do dia:

Nunca havia me pensado mar, mas reconheço a força das ondas que levam o que há dentro de mim.

To have and not to hold

Devia ser crime inafiançável trair a confiança das pessoas.

Promessas vãs deveriam ser proibidas. Quem as fizesse, devia ter a língua cortada.

Considerar e cultivar as pessoas enquanto seres humanos é um dever de todos que possuem o mínimo de civilidade.

Perder faz parte do ciclo da vida. Ser perdido é ser covarde e tolo.

Quem me conhece sabe o que e como sou.

E nunca me prometa coisas vãs.

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{EDITADO}
Música tema do post:

To Have and Not to Hold
Madonna

To have and not to hold
So hot, yet so cold
My heart is in your hand
And yet you never stand
Close enough for me to have my way

To love but not to keep
To laugh, not to weep
Your eyes, they go right through
And yet you never do
Anything to make me want to stay

Chorus:

Like a moth to a flame
Only I am to blame
Ba ba da ba ba ba
What can I do?
Ba ba da ba ba ba
I go straight to you
Ba ba da ba ba ba
I've been told
You're to have, not to hold

To look but not to see
To kiss but never be
The object of your desire
I'm walking on a wire
And there's no one at all
To break my fall

(chorus)

You're to have, not to hold
You're to have, not to hold

(chorus)

You're to have, not to hold
You're to have, not to hold
You're to have, not to hold
To break my heart

Sunday, March 1, 2009

E ao fim do post, nada pra colocar aqui

O título vem depois porque a cabeça não está conseguindo sair com nada razoável.

Postei algo sobre ignorância numa homenagem ao Otávio recentemente. Culpa dele ter desenvolvido em mim esse o raciocínio "filosófico". Volto aqui então pra falar de ignorância.

Sem fazer alusão à metáfora de Narciso (feita para o Otávio), volto a dizer que a ignorância só é uma benção na vida dos que têm pouca coragem.

Saber a verdade é como ser condenado à câmara de gás. Quanto mais se sabe, mais gás entra. Você pode morrer mais lentamente, inalando menor quantidade de gás por um período de tempo maior, mas do que adianta?!, se vai morrer, morra de uma vez ora!

Eu prefiro uma morte rápida. Saber toda a verdade, doa a quem doer. Dilacere-se a carne, quebre-se a sanidade e a atire ao sabor do vento, mas mantenha-se a honra e o espírito intactos.

Mais dilacerado que o que tem dentro de mim está, não fica. Recolho pedaços de mim aqui e ali, mas sei que todos eles farão sempre parte da minha história. E serão juntos ao que, em meio à tormenta, se transformou na rocha firme que vos fala.

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Nota mental:

Sentir amor por alguém é uma descoberta de si enquanto outro.