Monday, July 30, 2007

Panta rhei 3

A questão é simples.

A vida é o que é.

Seu caminho quem faz é você.

Para frente ou para trás, quem vai chegar onde quer que seja são suas pernas.

O tempo não volta.

O que foi não será outra vez o que era antes.

Nem as gotas d'água são iguais.

Concentre-se em a si mesmo, para depois modificar o que o cerca.

Tuesday, July 24, 2007

Merecimento

Espero que essa merda "upe" pelo menos esse post. Preciso.

Nada melhor que colocar em letras o indizível. Assim, a alma se apossa de um corpo para passar sua mensagem. No caso, a minha.

Literalmente um trapo. É assim que estou me sentindo desde o começo do dia. Nada me anima, nada me emociona. Talvez seja os hormônios (droga de hormônios!), mas duvido ser só isso. Provavelmente bem mais.

Odeio sentir inveja da felicidade alheia. Pensar que poderia ser eu, que eu porventura poderia fazer o mesmo mas algo me faz estagnar e ficar aqui, assim. Parada, estática, sem reação. Em meio a um bilhão de pensamentos que eu odeio e me fazem odiar ainda mais o que representam: estão fora da minha realidade.

Não digo num mundo subjetivo e paralelo. Digo ao alcance dos olhos. Não aquele mundo pra onde me transporto sempre que preciso e mais ninguém sabe onde fica; e sim um entremeado complexo de possibilidades, prós e contras que, se combinados de uma maneira única e específica, poderiam chegar àquele resultado.

(Devo agradecer ao Tikrey pela breve e valiosa explicação acerca das 5 dimensões.)

É como em Heroes, no episódio "Five Years Gone", quando Hiro do futuro mostra a Hiro do presente e a Ando-kun toda a trama de suas vidas até o cataclisma da bomba em NY. Tudo se entrelaça e se conecta para chegar a um determinado ponto. Porém, a mudança só acontece a partir da alteração do primeiro elo que gerará toda aquela cadeia de acontecimentos.

Infelizmente, ao contrário do fantástico Hiro (interpretado por Masi Oka), não tenho poderes para controlar o tempo e o espaço. Mesmo se quisesse, os elos dessa corrente são muito delicados para serem movidos e remexidos a torto e a direito. Vou ficar por aqui então, apenas pensando e tentando trabalhar melhor na cadeia da minha vida de agora em diante.

De preferência, sem precisar olhar para trás.

Thursday, July 12, 2007

Merda de blog

Não agüento mais tentar publicar minhas postagens e esse cu desse blog deixá-las somente como rascunho.

O QUE RAIOS ESTÁ ACONTECENDOOOO???

Aff ¬¬'''

Wednesday, July 4, 2007

E ou ñ E?

Ultimamente tenho sido tomada por uma sensação que já não me é estranha há algum tempo.


Sabe quando você olha ao seu redor, vê as pessoas, o ambiente, as coisas que acontecem em volta e pensa "o que raios eu estou fazendo aqui"?! É a sensação de não pertencer.


"Sensação de não pertencer? Como assim?"


Lembra lá no comecinho do ensino fundamental, quando a gente aprendia que tal elemento pertencia ou não a tal conjunto? Pois é basicamente isso.


A primeira vez me senti assim foi no período da minha formatura. No primeiro evento - a colação de grau - eu olhava para os lados e procurava alguma coisa. Não eram meus pais, meu irmão, meu namorado, primos... nada disso. Eu olhava ao redor e não via o motivo de toda a empolgação das outras pessoas.


A mesma coisa aconteceu na missa e em uma escala mto pior, no baile. Fui nominalmente a presidenta da minha comissão de formatura e o baile pra mim foi como uma festa de casamento de um conhecido. Muita gente que eu gosto, amigos de adolescência, alguns da faculdade, família, etc. Mas... faltou. Parecia que o ambiente em que eu estava era completamente paralelo àqueles à minha volta.


"Deslocada" talvez seria a melhor palavra.


Culpa dos anos que passei sem vida social alguma? Talvez. Mas culpa inteiramente minha, principalmente. Quem sabe - até - por mudanças pelas quais estou passando e provavelmente ainda vou passar. Mudanaças no comportamento e na maneira de pensar. A mesma Amana dos tempos do CM voltando à ativa, só que mais madura, responsável e com mais contas (leia-se dívidas) para pagar.


O episódio da formatura foi só o começo. De lá pra cá, tenho me sentido assim com uma certa freqüência. Mais do que eu gostaria, diga-se de passagem.


Dizem na escuridão sempre pode surgir uma réstia de luz.


Senti que realmente pertenço quando comecei a freqüentar o AVESTRUZ ANIME GROUP. Apresentada a eles pelo meu irmão, descobri aos poucos que são mais que um monte de otakus rpgistas metaleiros nerds e loucos (como dizem aqueles que gostam de estereotipar). Somos (sim, SO-MOS!!) uma família. Uma família sem pai ou mãe ou que mande você desligar o computador e parar de ouvir músicas esquisitas. Mas uma família.


Não falo isso por causa da surpresa (linda, por sinal) de aniversário que fizeram pra mim na festa junina do último sábado. A surpresa foi mais que um presente, foi uma marca que ficará pra sempre em mim e eu serei eternamente grata por isso.


Digo que sinto pertencer porque é diferente quando se sente aquele aperto no coração quando vai chegando domingo, que antes era um dia tão sem graça e agora é tão esperado. Dia de rever os avestruzes. Dia de rir, contar piadas e dar montinho. Dia de tomar um milkshake de 500 ml. ou não tomar (questão de honra). Dia de olhar para aquela pá de gente e pensar: "meus amigos são ótimos".

Obrigada por fazerem com que eu sentisse que pertenço. Vocês tem um lugar especial guardado no meu coração.